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Obras terão de parar se Exército deixar favela, diz Jobim

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quinta-feira (19) que se a decisão da Justiça ordenando a retirada das tropas do Exército do Morro da Providência, na região central do Rio de Janeiro, for mantida as obras de reurbanização da favela, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terão de ser paralisadas. "A retirada das tropas significa a paralisação das obras. Se isso acontecer, o Poder Judiciário vai ter que dar uma solução", afirmou. Para o ministro, a Força Nacional de Segurança (FNS) "não tem nada a ver" com as obras. "Isso é um projeto do Ministério da Defesa com o Ministério das Cidades. Se o Exército tiver que sair, a Justiça que dê uma solução", disse. Jobim também reiterou que a Advocacia Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão da Justiça. "Evidentemente que a AGU vai entrar com recurso." Mais uma vez o ministro reconheceu que a morte dos três jovens, entregues por 11 militares a traficantes rivais do Morro da Mineira, na zona norte do Rio, foi "um incidente abominável que nós rechaçamos de forma absoluta", mas que, segundo ele, não tem a responsabilidade do Exército. "Há uma responsabilidade da União, tanto é que nós já estamos examinando uma forma de indenização a essas famílias. O ministro da Defesa ainda negou que na próxima semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá fazer uma visita ao Morro da Previdência. "Não tem nada disso, ele não vai fazer visita ao Morro da Providência", disse.