Brasil

Detran-SP bloqueia 30 mil CNHs emitidas em Ferraz

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postado em 20/06/2008 09:46
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) determinou o bloqueio de mais de 30 mil carteiras de habilitação emitidas entre janeiro de 2005 e maio de 2008 na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. O objetivo é identificar carteiras fraudadas no esquema de corrupção que envolveu delegados e investigadores do órgão e do Detran-SP. O escândalo que veio à tona com a Operação Carta Branca respingou na própria Corregedoria, que teve três delegados afastados sob suspeita de achacar envolvidos no esquema. Ainda que estejam com todos os documentos regulares e em dia, motoristas de Ferraz de Vasconcelos que tiveram as carteiras de habilitação emitidas no período determinado terão de se apresentar à Ciretran (Rua David Rogatis, 49, Parque Dourado) amanhã, na segunda ou na terça-feira, das 13 às 17 horas. Os 1.305 motoristas já identificados pelo Grupo de Atuação Especial Regional de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) ao usarem apenas 64 digitais para tirar as carteiras - a mesma digital, por exemplo, chegou a ser usada para 150 carteiras - estão entre os convocados. Aqueles que não atenderem à convocação, poderão ter a carteira apreendida, caso sejam parados por um policial. Para desbloquear o documento após o prazo determinado, será preciso ir pessoalmente à Corregedoria do Detran, em São Paulo, até o dia 27. Só assim os motoristas poderão renovar a carteira - o que deve ser feito a cada cinco anos. Os motoristas têm de apresentar RG, CPF, carteira de motorista e comprovante de residência originais, documentos que serão confrontados com os que constam nos prontuários da Ciretran. Segundo o diretor do Detran, Ruy Estanislau Silveira Mello, o mesmo procedimento será adotado para Ciretrans onde houver suspeita de irregularidades. No último dia 12, a Justiça aceitou a denúncia do Gaeco de Guarulhos contra 23 acusados de participar da máfia das carteiras de habilitação. Também decretou a prisão preventiva de 20 pessoas, entre as quais cinco policiais denunciados pela Operação Carta Branca. Todos se tornaram réus no processo sobre formação de quadrilha, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

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