postado em 24/06/2008 18:46
Um professor de Belo Horizonte (MG) foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a indenizar a ex-esposa em R$ 4 mil por ter-lhe dado um murro no rosto. Ele teria agredido a mulher após discutir sobre a venda do apartamento onde o casal vivia. O golpe teria desencadeado uma série de problemas físicos na mulher, em função do trauma emocional.
Segundo o processo, antes da separação, o casal teria vivido uma ;rotina de inferno; desde o início do casamento, em 1993. Além de tê-la agredido verbalmente várias vezes, a mulher afirma que o ex-marido costumava sair de casa todas as noites e telefonar para ela durante a madrugada, para impedi-la de dormir.
A mulher conta ainda que o professor tinha o hábito de simular suicídio, com a intenção de tortura-la psicologicamente. Ele deixava caixas de comprimidos ao lado da cama, fechava portas e janelas, ligava a torneira do gás de cozinha e deixava bilhetes espalhados pela casa, para parecer que pretendia matar-se.
Os desentendimentos culminaram na separação, em 2001. Na época, o professor deu um soco na ex-esposa porque ela não concordava com os termos da venda do apartamento onde viviam. O trauma psicológico provocado pelo golpe teria tido várias conseqüências pelo corpo dela, como tumor vaginal, distúrbios renais e depressão
A mulher entrou na Justiça contra o ex-marido. Em juízo, ele alegou que as afirmações dela eram falsas e que o tumor vaginal já existia antes da briga. A Justiça de 1ª instância determinou a indenização por danos morais de R$ 4 mil à ex-esposa. O professor recorreu, mas a sentença foi mantida pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.