Brasil

Polícia diz que já identificou assassinos de jovens no RJ

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postado em 24/06/2008 19:59
O diretor de Polícia Civil, Sérgio Caldas, informou que já possui a identificação dos traficantes do Morro da Mineira, no Catumbi, na zona norte do Rio de Janeiro, que torturaram e assassinaram os jovens do Morro da Providência, no centro da cidade, entregues a eles por militares no dia 14. Segundo o direto, com a transferência do inquérito para a Justiça Federal, a Polícia Federal (PF) pode assumir as investigações. O delegado-titular da 4ª Delegacia de Polícia, Ricardo Dominguez adota um tom mais cauteloso para falar sobre a identificação dos assassinos. "Temos que ser cuidadosos. O fato de o criminoso estar envolvido com o tráfico não significa que ele teve participação nesta barbárie. É preciso ter certeza sobre os autores do crime", afirmou. Ele não quis revelar se pediu aos militares que fizessem um retrato falado dos criminosos. O delegado também causou surpresa nesta terça-feira (24/06) ao revelar que o capitão Laerte Ferrari sabia que o tenente Vinicius Ghidetti iria desacatar a ordem de liberar os três jovens do Morro da Providência. "Os depoimentos mostram que parte da guarnição presenciou a ordem do capitão para que ele liberasse os rapazes e a resposta do tenente, que teria dito: 'Vou dar uma volta, depois libero'." A declaração foi feita na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa onde estavam uma mãe e uma avó das vítimas Código militar Questionado pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) porque não indiciou o capitão, o delegado justificou que o oficial cometeu uma infração contra o Código Penal Militar e não teve participação na morte. "O capitão mandou liberar (os jovens). Ele pode ter descumprido o código militar, mas não podemos avançar no sentido da participação dele do crime", disse o delegado. A Assessoria de Comunicação do Comando Militar do Leste informou que o Código Penal Militar determina que os inquéritos são sigilosos e não informará se houve o indiciamento do oficial ou não.

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