postado em 26/06/2008 09:42
Os procuradores da República encarregados de analisar os crimes cometidos pelos 11 militares do Exército já decidiram não ratificar a denúncia apresentada pelo promotor estadual Marcos Cak ao juiz Sidney Rosa da Silva, do 3º Tribunal do Júri. Por entender que o crime envolve servidores da União, o magistrado encaminhou o caso à Justiça Federal.
Os procuradores, após uma leitura superficial do inquérito, acham que a denúncia do Ministério Público Estadual é sucinta. Seria preciso detalhar a participação de cada militar no crime. Na verdade, o promotor Cak cometeu equívocos e deixou de especificar a conduta de dois denunciados - o 3º Sargento Bruno Eduardo de Fátima e o soldado Rafael da Costa Sá.
Na sua denúncia, o promotor deixou de citar detalhes da apuração, como o fato de o tenente Ghidetti, ao entregar os jovens, ter apertado as mãos de um criminoso e dito a frase ;Aqui está um presentinho pra vocês;, como descreveu o delegado Ricardo Dominguez Pereira, da 4ª Delegacia Policial, no relatório final do inquérito.
Apesar de não usarem a denúncia estadual, os procuradores já entraram em entendimento com a promotora estadual Márcia Velasco, da Central de Inquéritos, para que ela e o delegado Dominguez continuem colaborando na investigação. A expectativa é de apresentar a nova denúncia até sábado.