postado em 26/06/2008 18:06
A greve dos policiais civis e agentes penitenciários completou um mês nesta quinta-feira (26/06) e é a mais longa já promovida pela categoria no Maranhão. Enquanto isso, um efetivo de 230 policiais militares está deslocado para cumprir as atribuições dos grevistas e garantir o atendimento nas delegacias e presídios. Devido a paralisação, não estão sendo realizados serviços de rotina como registros de ocorrências, autuações e escolta para audiências. Segundo o comandante do policiamento metropolitano, coronel Francisco Melo, o deslocamento dos militares tem causado dificuldades nos trabalhos de prevenção da segurança.
As quatro viaturas que serviam os bairros Liberdade e Camboa estão atuando nas revistas e visitas nos presídios, áreas de maior
necessidade de homens, segundo o coronel Francisco Melo. Ele afirmou ainda que apesar do número reduzido de militares os trabalhos essenciais estão garantidos. "Nosso efetivo não é dos maiores e com a greve a maior parte está agindo nos presídios, o que dificulta a segurança preventiva nos bairros", ressaltou. Segundo o coronel Melo, os policiais são deslocados principalmente do Batalhão de Missões Especial (BPE) que atuam em Pedrinhas, média de 55 nos dias úteis e 230 nos fins de semana.
Quem mais sofre com a greve é a população que reclama da falta de segurança e teme pela vida nas ruas de São Luís. A doméstica Joana da Silva Serra, 42, moradora do Coroadinho, diz que evita sair de casa em horários noturnos. "Até para ver os arraiais estou escolhendo a hora. Já moro em uma área de risco e sem policiamento é difícil", disse.
A balconista Juliana Miranda, 25, moradora do Centro, estuda à noite e já foi assaltada duas vezes este mês e não conseguiu registrar as queixas. "Nós é que andamos de ônibus e temos que nos arriscar noite adentro", reclamou. Já o aposentado Antônia Garcia Neves, 68, disse
apoiar o movimento, mas sem que prejudique a comunidade. "Não é nos prejudicando que os grevistas serão atendidos", enfatizou.