postado em 29/06/2008 16:06
A exportação de flores e plantas brasileiras, embora venha mostrando ampliação, se mostra ainda conservadora, disse o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, Renato Optiz. A câmara foi criada oficialmente em janeiro de 2006 por meio de portaria do Ministério da Agricultura.
;Em termos de exportação, o Brasil ainda não é um dos principais players (jogadores) no mercado mundial, porque de tudo que é produzido aqui no país, 95% são para abastecer o mercado interno. Somente de 3% a 5% do volume total são exportados;, revelou.
O principal destino da exportação de flores brasileiras é a Europa, com destaque para a Holanda, Alemanha, Inglaterra, Itália e Portugal. O segundo mercado de maior importância é o norte-americano, seguido da Ásia. O maior volume exportado é constituído de mudas e bulbos.
O Brasil ainda enfrenta, segundo o presidente da Câmara Setorial, algumas barreiras burocráticas, no que diz respeito à liberação das cargas, e de logística de transporte para melhorar a distribuição dos produtos. ;É uma série de fatores que complicam um pouco a exportação. Mesmo assim, a exportação tem crescido cerca de 10% a 15% ao ano;. Em 2007, o Brasil exportou US$ 35 milhões em flores. Em 2006, os embarques de flores para o exterior atingiram US$ 29,6 milhões.
A tributação diferenciada de estado para estado aos produtores brasileiros é outra preocupação do setor, que espera resolver o problema com a reforma tributária. Isso acaba gerando barreiras comerciais ao escoamento da produção no país, explicou. Opitz. Os produtores, disse ele, defendem a necessidade de tratamento igualitário.
;O importante, em termos de tributação, é reconhecer que flores e plantas são produtos perecíveis. E que o setor tem uma altíssima empregabilidade, especialmente da mão-de-obra feminina. Enquanto outras culturas empregam uma ou duas pessoas por hectare, no caso da floricultura você chega a empregar de 15 a 20 pessoas. Porque são culturas bastante intensivas e que mantêm o trabalhador no campo, com boas condições de trabalho. É socialmente justo;. Como se trata de produtos perecíveis, a categoria reivindica o mesmo tratamento dado pelo governo a hortaliças e frutas.
Para o exterior, a projeção é de que as vendas sejam ampliadas em até 10%. Renato Opitz destacou que o alcance dessa meta está condicionado ao comportamento do câmbio, ;que tem sido um grande dificultador, na verdade, do aumento das exportações;. As importações de flores, ao contrário do que se pode pensar, não são tão volumosas. Elas não chegam a US$ 10 milhões/ano, informou o executivo. E são basicamente de material genético.