postado em 29/06/2008 22:17
Dois dos três jovens que sofreram graves queimaduras durante um incêndio na cadeia pública de Arcos, na Região Centro-Oeste de Minas, morreram no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Quatro pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil na investigação do caso: dois policiais militares, um agente penitenciário e um detento que estava na cela ao lado. Os detalhes dos depoimentos são mantidos em sigilo para não prejudicar o trabalho policial.
Segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Vinícius Alves de Oliveira, 18 anos, morreu às 22h35 de sábado. O óbito de Cláudio Ferreira Junior, de 14, foi registrado na madrugada deste domingo. Eles foram transferidos para a capital após o incêndio.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o resultado dos exames realizados nos corpos dos dois adolescentes será anexado ao inquérito que vai apurar as causas e circunstâncias do incidente.
Vinícius, Cláudio e Robério Rodrigues Ferreira da Paz, de 15 anos, estavam em uma mesma cela na tarde de sexta-feira, quando ocorreu a tragédia. Robério Rodrigues Ferreira da Paz, 15 anos, continua internado no HPS. De acordo com os médicos, ele permanece em estado grave, no CTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
Terror na cela
De acordo com os parentes das vítimas, o incêndio começou por volta das 13h, quando Vinícius Alves de Oliveira, de 18 anos, empilhou colchões próximo às grades e ateou fogo. Ele teria dito que pretendia chamar a atenção dos policiais para ser transferido para uma cela solitária.
Encurralados, os jovens se refugiaram sob uma ducha, mas o volume de água foi insuficiente para evitar as queimaduras e debelar as chamas.