postado em 02/07/2008 16:25
Foi sepultado na tarde desta quarta-feira (02/07) o corpo do estudante Arlisson Wanderley dos Santos, de 15 anos, assassinado em ritual de magia negra. O enterro ocorreu no Cemitério de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), tão logo o Instituto de Medicina Legal (IML) finalizou os exames na vítima.
Ainda nesta quarta, começam os depoimentos de parentes e amigos do jovem, que foi encontrado morto e enterrado em uma casa no Loteamento Bela Vista, na cidade de Igarassu. De acordo com a polícia, ele foi morto pelos amigos Thiago Alves da Silva, 20, e dois adolescentes cujas identidades serão preservadas por orientação do Ministério Público.
Presos, os suspeitos dizem que mataram Arlisson em um ritual de magia negra e que tinham prometido a alma dele ao diabo. O jovem teria sido escolhido por Thiago, revoltado porque ele teria influenciado a sua ex-namorada a acabar o relacionamento. A polícia, no entanto, investiga outras versões, incluindo crime passional.
Os três suspeito foram presos na última segunda-feira (30/06), depois que a polícia encontrou o corpo do rapaz. O crime só foi solucionado ontem porque o dono do imóvel percebeu um mau cheiro no local e chamou a polícia. A casa onde o corpo estava enterrado, embaixo de uma cama, estava alugada a Thiago na data do crime, 12 de maio deste ano. A mãe do principal suspeito passava pela frente da casa quando o corpo da vítima foi encontrado. Foi ela quem indicou o novo endereço do filho.
Preso, Thiago Alves da Silva confessou o crime com uma frieza que impressionou os policiais e entregou os outros dois suspeitos de envolvimento. Ele contou que Arlisson foi atraído para a casa com uma proposta de participar de uma festa. Depois de ser dopado com uma bebida misturada a rohypinol, remédio de uso controlado, o jovem foi estrangulado por Thiago, enquanto os menores de idade cantavam para que os vizinhos não ouvissem o barulho.
Além dos parentes e amigos, o delegado Guilherme Mesquita, responsável pelas investigações, espera ouvir também nesta quarta-feira o depoimento da mãe de um dos adolescentes, que diz ter visto no celular do filho fotos de um suposto ritual de magia negra. O inquérito deve ser concluído em trinta dias. Thiago foi encaminhado para o Cotel e os adolescentes para unidades da Fundac.