postado em 03/07/2008 16:42
O ministro-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) classificou como estarrecedor o caso da adolescente Jaiya Xavante, morta no dia 25 de junho, após ter o órgão sexual perfurado. Segundo a polícia, o crime aconteceu dentro da Casa de Apoio Saúde Indígena (Casai) do Distrito Federal, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Uma menina de 16 anos, índia, muda, paralítica, empalada dentro de uma unidade oficial do Estado brasileiro? É um daqueles momentos em que a gente pensa o que acontece com o ser humano, avaliou o ministro, durante reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) no Ministério da Justiça.
Ele lembrou que a SEDH vem promovendo reuniões com a Funasa e também com a Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo ele, em uma das reuniões já realizadas, ficou constatado que a suspeita apontada por uma fonte da Funasa de que seria a tia de Jaiya a autora do crime possui conteúdo de especulação.
Vannuchi acredita que a família da adolescente precisa ser indenizada porque foi morta dentro de uma unidade oficial do Estado brasileiro. Segundo ele, era preciso que a Casai possuísse um sistema de acompanhamento, que fosse capaz de impedir o assassinato da menina, e ainda com os requintes de crueldade de um empalamento, uma coisa violentíssima.
No que esse caso é menos grave que o da Isabella Nardoni? O caso é pelo menos tão grave quanto aquele, envolve também uma criança, deficiente, com a vulnerabilidade anterior de ser indígena, disse o ministro