Brasil

Laudo sobre a morte de Isabella é entregue à Justiça

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postado em 05/07/2008 09:05
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo entregaram à Justiça o laudo, de 57 páginas, com as conclusões sobre o assassinato da menina Isabella Nardoni ocorrido na noite de 29 de março no apartamento da família, na zona norte da capital paulista. O documento apresenta novos detalhes sobre o caso que ainda não haviam sido revelados pela investigação. Conforme divulgado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o laudo apresenta 115 fotos que reconstituem o crime, indicam a mesma história concluída pelo inquérito policial e colocam o pai, Alexandre Nardoni, e madrasta, Anna Carolina Jatobá, como autores do homicídio. O laudo afirma que a primeira agressão à menina, dentro do carro foi feita pela madrasta com uma chave ou um anel. Para a polícia, o casal estancou o sangue na testa da criança com uma fralda e Alexandre carregou a filha no colo até o apartamento. Lá, o pai retirou a fralda, o que explica os pingos de sangue encontrados no assoalho. Em seguida, ergueu a menina e a jogou no chão, provocando as lesões na bacia e no pulso direito. A madrasta então teria apertado o pescoço de Isabella, asfixiando-a, momento em que o vizinho do primeiro andar ouve uma criança gritando: "Papai, papai, papai, pára, pára, pára". Segundo a polícia, Alexandre usou uma tesoura e uma faca para cortar a tela da janela. Voltou, pegou a menina ainda viva e subiu na cama. Os peritos afirmam categoricamente no laudo que Alexandre teve a ajuda de Anna Jatobá para passar a criança pela abertura da tela e que ele segura a filha pelos braços jogando-a do 6º andar. Depois da queda, Alexandre desceu ao térreo enquanto Anna Jatobá no apartamento, ligava para os pais, limpava parcialmente as manchas de sangue e lavava a fralda. A versão dos acusados não foi encenada pela polícia porque Alexandre e Anna Jatobá se recusaram a participar da reconstituição do crime. Mas ela foi cronometrada pela polícia e concluiu-se que o relato feito pelos acusados é totalmente improvável. Três testemunhas ainda serão ouvidas pelo juiz. Depois, os advogados de defesa e o promotor vão fazer as alegações finais e o juiz decidirá se manda ou não o casal a júri popular. A defesa do casal Nardoni encomendou a um perito independente um laudo paralelo sobre o crime, que também já foi entregue à Justiça.

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