postado em 07/07/2008 19:07
O promotor Marcelo Rocha Monteiro, encarregado do caso da morte do estudante Daniel Duque numa boate de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, anunciou nesta segunda (07/07) que vai denunciar esta semana o policial militar Marcos Parreira por homicídio doloso, praticado com intenção de matar. O promotor decidiu seguir o entendimento do inquérito da Polícia Civil, que descartou tiro acidental.
No entanto, Monteiro não afastou totalmente a hipótese levantada pela defesa de Parreira, que alegou legítima defesa. "A prova do inquérito não é conclusiva. É apenas um ponto de partida. A prova concreta, o juízo conclusivo só deverá ser feito no curso do processo. No momento, não é possível descartar nenhuma hipótese", afirmou o promotor.
Daniel foi baleado na saída de uma boate na madrugada do último dia 28. Antes de fazer o disparo que matou o jovem, o policial ainda atirou duas vezes para o alto. Marcos Pereira trabalhava na escolta de Pedro Velasco, filho da promotora Márcia Velasco, cuja família é ameaçada de morte pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Um amigo do grupo de Duque teria provocado um rapaz da turma de Velasco, iniciando uma confusão.
As circunstâncias, segundo o promotor, precisam ser esclarecidas com uma série de depoimentos em juízo, do réu aos companheiros dos jovens e testemunhas. Segundo Monteiro, somente numa fase posterior do processo será definido se o policial será levado a júri popular. Paralelamente ao processo criminal, o soldado Pereira enfrenta processo interno na Polícia Militar (PM).