postado em 11/07/2008 11:13
O número de doadores de órgãos cresceu 29,3% no Estado de São Paulo no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. De janeiro a junho foram feitas 213 doações, contra 167 no mesmo período de 2007. Com mais doadores, foi possível realizar 627 transplantes nos hospitais paulistas, o que representa aumento de 23,4% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. O maior crescimento proporcional, de 66,5%, foi no número de transplantes de coração, que passou de 21 para 35 no primeiro semestre deste ano.Segundo a secretaria, o Hospital das Clínicas de São Paulo liderou o ranking das unidades que mais notificaram doadores viáveis, ou seja, aqueles que tiveram pelo menos um órgão aproveitado para transplante. Do total de doadores no primeiro semestre, 13 saíram do HC. O segundo lugar ficou com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, com 9, seguido pela Santa Casa de São Paulo, com 7.
Entre as equipes que mais captaram órgãos para transplante no primeiro semestre, a campeã foi a Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa de São Paulo, com 52 notificações de doadores viáveis. Em seguida, vem a Escola Paulista de Medicina, com 48. Cada OPO é responsável por captar doadores em um grupo de hospitais, distribuídos regionalmente. O Instituto do Coração do HC fez o maior número de transplantes de coração, com 18 cirurgias, e de pulmão, com 9. Já o Hospital Albert Einstein foi campeão em transplantes de fígado, com 37 operações. O Hospital São Paulo liderou os transplantes de rim, com 130, e de pâncreas, com 19.
Córneas
Também neste semestre, o número de transplantes de córneas, consideradas tecidos, aumentou expressivamente. Foram 2.918 cirurgias, 23,6% a mais que as 2.361 registradas de janeiro a junho de 2007. Só no Hospital de Olhos de Sorocaba foram realizadas 1.107 operações. "A conscientização dos paulistas sobre a importância da doação de órgãos e o aprimoramento do trabalho das equipes médicas na captação e manutenção de potenciais doadores está contribuindo para que cada vez mais pessoas tenham suas vidas salvas por um transplante no Estado", afirma o médico Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da secretaria.