postado em 12/07/2008 11:01
O Hospital do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que participará do mutirão de cirurgias Operação Sorriso do Brasil para correção de fissura labial e do palato, em agosto já realiza rotineiramente o Projeto Fendas, para tratamento de más formações congênitas. O projeto é de responsabilidade da subdivisão do Serviço de Cirurgia Plástica. Segundo o coordenador do projeto Fendas, o cirurgião plástico Diogo Franco os pacientes são operados com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo de todo o ano.
Já no mutirão da Operação Sorriso do Brasil, os recursos vêm de doações. Durante a Operação Sorriso, eles vão ser agraciados com cirurgias feitas com equipamento, instrumental e material que vêm de doações. A gente usa o hospital basicamente como local para efetuar as cirurgias. Mas todo o material, tudo que é utilizado, vem de doações que são conseguidas pela Operação Sorriso, explicou Franco, que é voluntário da Operação Sorriso do Brasil desde o ano 2000.
Os pacientes atendidos no Projeto Fendas são, em sua grande maioria, crianças de comunidades carentes. Em geral, são pessoas que não têm nenhuma condição de atendimento. Por isso, inclusive é que a gente encontra pacientes de várias idades, até adultos, que nunca foram operados. Se não fossem iniciativas como as da Operação sorriso, eles ficariam ainda mais tempo sem tratamento, relatou.
Franco explicou que a solução para o problema das fissuras, também conhecidas como fendas, não se resume operação cirúrgica A cirurgia é o ponto principal do tratamento, porque reverte aquela situação. A partir daí, o paciente tem que continuar com o tratamento, disse.
O Projeto Fendas realiza cerca de 20 operações de fendas da face por mês e atende entre 60 a 80 pessoas mensalmente para o tratamento pós-cirúrgico, que envolve especialidades como odontologia, fonoaudiologia e fisioterapia.