postado em 15/07/2008 16:13
Um bebê de apenas 27 dias sobreviveu após ser jogado dentro de uma fossa séptica em uma casa de Jaguariaíva, a cerca de 230 quilômetros de Curitiba, norte do Paraná. A polícia investiga quem jogou a criança, mas as maiores suspeitas recaem sobre a mãe, de 16 anos. Ela nega que tenha tentado matar a criança, mas apresentou três versões diferentes sobre o momento em que percebeu o desaparecimento.
Além disso, seu depoimento entra em contradição com o do avô da criança, que também estava na casa. O pai do bebê estava na zona rural do município no momento em que o desaparecimento foi comunicado à polícia. Segundo o delegado Gumercindo Athayde, os policiais foram avisados no fim da tarde de domingo (13/07) sobre o sumiço do bebê.
Ao conversar com a mãe, o investigador de plantão percebeu a falta de conexão sobre o que ela falava e foi até a casa acompanhado de policiais militares. De acordo com o delegado, ao perceberem a existência de uma fossa, os policiais foram até lá, retiraram a tampa e, com a ajuda de uma lanterna, viram a criança mexendo-se no interior, a uma profundidade de cerca de três metros. O bebê foi resgatado pelo avô.
A criança continua internada no hospital da cidade, recuperando-se bem. Athayde disse que ouviu a mãe no próprio domingo. Primeiro ela disse que percebeu o desaparecimento da criança quando estava pondo roupas no varal, depois registrou que isso aconteceu no quarto do avô e, em terceira versão, disse que foi dentro do banheiro.
Ouvido segunda-feira (14/07), o avô contou estavam vendo televisão em seu quarto, quando teria ouvido um gemido e mandou a filha ver o que estava acontecendo. Ela teria dito, então, que a criança não estava no quarto, onde a teria deixado. O delegado pediu que o Instituto Médico Legal realize exame de sanidade mental na mãe, para saber se ela esteve ou está sob influência do estado puerperal, período em que pode estar abalada emocionalmente. Testemunhas disseram que ela toma medicação forte, mas ela negou dizendo que os remédios são para gagueira.