Brasil

Promotores temem conflitos de poder entre milícias no Rio

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postado em 17/07/2008 20:21
Os promotores de Justiça Jorge Magno e Bruno Stibich alertaram nesta quinta-feira (17/07) para a possibilidade de conflitos entre as milícias da cidade para demarcação de áreas de atuação. Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), os promotores chamaram a atenção para o poderio econômico e político das milícias. ;O poder econômico desses grupos diz respeito ao controle de vans e do gás e à extorsão direta dos moradores com a cobrança das chamadas taxas de segurança;, afirmou o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSOL), que considerou ;muito fortes; os depoimentos de hoje. Agora, as milícias começam a ter também ;braços políticos;, disse Freixo. De acordo com o deputado, Jorge Magno e Bruno Stibich disseram que os grupos de milicianos já fazem um controle eleitoral nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, onde atuam. Por isso, os promotores acreditam que tais grupos podem vir a ter representantes no Legislativo, tanto municipal, quanto estadual e federal, acrescentou Freixo. Ele informou que, em pouco mais de duas semanas, o Disque Milícia, um serviço da Alerj, recebeu mais de 300 denúncias de todo o estado sobre a existência desse tipo de organização. Além dos locais de atuação já conhecidos, como as zonas norte e oeste do Rio, existem informações sobre grupos de milicianos em 13 municípios fluminenses. O telefone do Disque Milícia é 0800-2820376. A CPI das Milícias tem o objetivo de formular propostas de políticas públicas contra esse tipo de organização criminosa.

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