Brasil

Presos cinco em operação contra tráfico pela internet

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postado em 23/07/2008 11:39
Cinco pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Federal, realizada nesta quarta (23/07) simultaneamente no Brasil e no Uruguai, para desarticular uma quadrilha especializada em tráfico de substâncias entorpecentes pela internet. Quatro foram presas em Porto Alegre e uma no Uruguai. A Operação Pedra Redonda, segundo a PF, teve início na Operação Ouro Verde, realizada em março de 2007, que resultou na prisão de uma quadrilha que operava um banco ilegal e enviava dinheiro ao exterior.

Durante a análise do material apreendido na primeira operação, foi observada a movimentação financeira de um jovem gaúcho, que apesar de ter menos de 30 anos e não possuir atividade profissional definida, era um dos principais investidores do banco paralelo, sendo titular de vários milhões de dólares. Ele, identificado pela polícia apenas como gaúcho, foi preso hoje no Uruguai.

Em trabalho conjunto com agentes do Drug Enforcement Administration (DEA), órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Polícia Federal verificou que o jovem integrava uma quadrilha que operava farmácias virtuais na internet e comercializava drogas sintéticas de uso controlado, vendendo essas substâncias de forma ilegal, especialmente para os Estados Unidos.

Foram localizados bens de alto valor com os parceiros do jovem gaúcho, como mansões na Flórida, avaliadas em milhões de dólares e automóveis de luxo, como Ferrari, entre outros. O gaúcho também era responsável pela lavagem de dinheiro da quadrilha e utilizava o banco paralelo, desarticulado na Operação Ouro Verde, para enviar e receber dinheiro do tráfico de drogas no exterior sem ser detectado pelas autoridades.

Familiares

Estavam envolvidos também outros jovens, alguns com conhecimento de informática e com pouco mais de 20 anos de idade, que executavam tarefas e agiam como seu braço direito. Familiares eram usados para movimentação financeira e registro de bens.

A investigação contou também com auxílio da Interpol e da Direção Nacional de Informação e Inteligência da Polícia Uruguaia, pois após a Operação Ouro Verde e a investigação do DEA, o jovem gaúcho passou a transitar por vários países da Europa para não ser localizado e utilizava o Uruguai como base para reencontrar familiares, amigos e realizar encontros de negócios que mantém na região.

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