Brasil

Laudo indica que brinquedo que matou menino de 12 anos tinha remendo na janela

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postado em 23/07/2008 18:06
Um laudo do Instituto de Criminalística constatou que o brinquedo do parque Magic World, em Campinas, onde o menino Rafael Luís Freitas Porfírio, 12 anos, morreu no dia 28 de junho, tinha remendo na janela. Segundo os peritos, o acrílico da janela estava rachado e tinha uma fita adesiva para remendá-lo. Rafael havia acabado de entrar no brinquedo e estava com parte do corpo fora da janela quando o brinquedo começou a funcionar. O sistema de pêndulos que faz a cabine girar prensou a cabeça dele. Rafael sofreu traumatismo craniano e morreu no local. Os administradores do parque afirmaram, na ocasião, que o acidente foi provocado pela imprudência do garoto, que não ficou sentado e colocou a cabeça para fora. Antes de concluir o inquérito, a polícia deve ouvir mais uma testemunha e o engenheiro responsável pelo brinquedo. O administrador do Magic World, José Antônio da Silveira, disse desconhecer qualquer defeito no brinquedo. Afirmou que, se houvesse um problema em uma das janelas, o procedimento seria trocar o acrílico, e não colocar uma fita adesiva. O brinquedo tinha laudo de vistoria assinado pelo engenheiro Wagner Coneglian. Segundo a Prefeitura de Campinas, o parque funcionava com alvará e os demais brinquedos estão em situação regular. O parque continua funcionando. Apenas o brinquedo ficou interditado. A prima de Rafael, Tainá Alves, 11 anos, que brincava junto com ele no momento do acidente, negou que houve negligência do grupo. Segundo ela, o acrílico da janela onde sentaram estava quebrado. A família do menino diz que houve falha também dos funcionários. Maria de Lourdes Maciel, tia de Rafael, afirma que o brinquedo foi acionado antes de os clientes se acomodarem nas cadeiras, o que teria provocado o acidente. José Antonio Silveira, funcionário do parque, mostrou laudos de vistoria nos brinquedos e atribuiu a culpa aos meninos, que não teriam seguido as regras de segurança. "Eles ficaram pulando de um banco para o outro. Acharam que era pouca emoção e resolveram sofisticar", afirmou na ocasião.

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