Brasil

Hidrelétrica do Xingu deve ser leiloada no primeiro semestre de 2009, prevê Lobão

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postado em 25/07/2008 17:42
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou nesta sexta-feira (25/7) que está previsto para o primeiro semestre do próximo ano o leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a primeira do Rio Xingu. Cercada por polêmicas, a usina deve gerar 11 mil megawatts a partir de 2014. ;Não temos ainda a data, mas queremos fazer o leilão no primeiro semestre do ano;, disse à imprensa, ao participar de evento no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Para evitar mudanças no projeto de construção da hidrelétrica, como aconteceu com a Usina de Jirau, no Rio Madeira, Lobão antecipou que o edital de Belo Monte deve limitar o terreno para a instalação da usina. O consórcio vencedor de Jirau propôs que a hidrelétrica fosse construída a nove quilômetros do definido no edital. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estudam a alteração. O ministro também informou que as empresas subsidiárias da Eletrobrás poderão participar da concorrência para construção da hidrelétrica do Xingu. Mas, devem ser ;minoritárias; nos consórcios responsáveis pelas obras. ;Elas podem participar do mesmo modo que o atual, concorrendo entre si. Podem até ser majoritárias, mas preferimos que sejam minoritárias, com 40% [do capital], conforme têm hoje. Acho que pode ser até um pouco mais ou um pouco menos;. Questionado sobre disputas envolvendo os consórcios que concorreram no leilão de Jirau, Lobão informou que o governo busca ;um entendimento; entre eles para que a obra não seja prejudicada. Se o caso for parar na Justiça, a estimativa é de que a construção atrase 10 anos. O ministro também descartou a possibilidade de realizar um novo leilão, caso as alterações no projeto de Jirau não sejam aprovadas pelo Ibama e pela Aneel. Lobão explicou que, se isso acontecer, o consórcio deve fazer a usina no local definido no edital ou desistir da obra. ;Desistindo da obra, [o consórcio] paga multa muito pesada;, disse. ;Ou então, o projeto vai para o segundo lugar da disputa, ou ainda anularíamos o leilão, mas não está na cogitação do ministério anular o leilão;, acrescentou.

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