postado em 28/07/2008 19:46
À pedido do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), a Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo vai acompanhar as investigações da morte do bebê Gabriel Santos Ribeira, de 7 meses, morto na sexta-feira (25/7), na creche particular Pedacinho da Lua, na Vila Medeiros, Zona Norte da capital paulista.
No início desta tarde, investigadores conversaram informalmente com a mãe da criança, Josefa Lidiane Correa, 24 anos, que disse ter deixado o filho em perfeitas condições de saúde. Ela disse ainda que os funcionários demoraram muito para perceber que Gabriel estava morto, já que ela foi buscá-lo no final do dia e o encontrou morto, com o corpo enrijecido. Um exame cadavérico, feito pelo Instituto Médico Legal (IML) vai revelar a que horas o bebê morreu.
Cerca de 30 pessoas, entre parentes, amigos e vizinhos dos pais de Gabriel, fizeram um protesto na frente da creche, pedindo o fechamento do estabelecimento. Cartazes pedindo justiça e aconselhando os pais das outras crianças a não deixar mais seus filhos no local foram afixados na grade e no muro da creche. Ontem, ela não foi aberta para que os investigadores pudessem trabalhar na apuração dos fatos.
A hipótese mais provável sustentada pelos médicos que atenderam Gabriel afirma que ele teria morrido asfixiado pelo próprio vômito. Em nota assinada pela direção do estabelecimento, consta que o acidente foi uma fatalidade e que a creche será reaberta nesta segunda-feira (28/7).
Segundo uma funcionária da creche contou aos investigadores que visitaram o local, Gabriel estava no berçário e ela só percebeu que o menino não respirava quando foi trocar as fraldas dele, meia hora antes de o pai chegar. No entanto, a direção da creche não chamou o resgate para socorrer o bebê. "O meu filho ficou mais de uma hora sem respirar na creche. A maior negligência foi a omissão de socorro. O resgate só foi acionado quando chegamos no local", sustenta Júlio Ribeira, pai do bebê.