Brasil

Desmatamento reduz na amazônia, diz levantamento

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postado em 29/07/2008 22:12
O governo anunciou nesta terça-feira (29/7) uma redução na velocidade do desmatamento da Amazônia Legal. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em junho, registrou-se uma queda de 25,9% no índice de destruição da floresta em comparação a maio. Mesmo assim, foram cortados 870,8km² de vegetação nativa no mês passado. Em maio, a devastação atingiu 1.096km². Apesar da diminuição dos focos de queimadas, a maior floresta tropical do mundo encolheu 8.848km² entre julho de 2007 e junho deste ano. Isso equivale destruir, a cada 12 meses, uma área que corresponde a uma vez e meia a dimensão do Distrito Federal. Os dados de junho surpreendem porque esse mês é considerado o auge das queimadas na Amazônia, em razão da estiagem na região. O governo credita a contenção do desflorestamento às ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(Ibama), Polícia Federal e Força Nacional de Segurança Pública. O combate ao desmatamento se concentrou na região conhecida como Terra do Meio, entre os rios Iriri e Xingu, no Pará, onde houve uma redução de 80% na derrubada de árvores, segundo o Inpe. Nos 36 municípios campeões de queimadas também houve redução na ação das moto-serras. Nos meses de maio e junho do ano passado, 2.226km² de florestas foram destruídos. Mas no mesmo período deste ano, a área desmatada caiu para 1.060km². O sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), utilizado pelo Inpe, constatou a queda em junho da área destruída, mesmo com a redução da quantidade de nuvens, o que permitiu a visualização de 64% da região que compõe a Amazônia Legal. O Pará despontou como o estado que mais queimou a Amazônia, com um crescimento de 91% ; 499km² em junho contra 262km² em maio. Mato Grosso, apontado nos últimos meses como o estado vilão da floresta, mostrou redução de 70% em junho, quando comparado ao mês anterior ; 197km² contra 646km². "A razão da queda foi a intensificação da fiscalização. Como ambientalista, não posso comemorar, mas houve uma melhora", comentou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Nos estados do Amapá, Roraima e Tocantins, o Deter não enxergou devastação.

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