Brasil

Dois presos por pedofilia em São Paulo

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postado em 13/08/2008 09:22

A polícia de São Paulo prendeu em três dias dois homens acusados de pedofilia. Cada um deles teria abusado sexualmente de duas crianças com idades entre 6 e 12 anos. O Conselho Tutelar do estado anunciou nessa terça (12/08) que vai recolher as quatro vítimas para um abrigo público e oferecer tratamento psicológico.

Um dos casos ocorreu nessa terça (12/08) no município de Rio Claro, a 173km da capital. Um porteiro de 58 anos pulou o muro da casa de uma vizinha e convidou duas meninas, de 6 e 8 anos, para assistirem a um desenho animado na casa dele. No entanto, segundo a polícia, o homem colocou um vídeo pornô no aparelho de DVD. Ao verem as imagens, as crianças tentaram fugir, mas foram amarradas pelo criminoso e obrigadas a assistirem ao filme erótico. Em seguida, ele teria se masturbado na frente de ambas.

Libertadas, as meninas contaram para a mãe o que havia acontecido. O acusado chegou a ser preso em flagrante, mas a mãe das vítimas, que é amiga do suposto pedófilo, se recusou a registrar queixa contra ele, alegando que as garotas podem ter criado a história. Os policiais disseram a ela que havia evidências, pois o filme pornô ainda estava no aparelho e a corda com a qual as meninas foram amarradas ainda estava com elas. Ainda assim, a mãe pediu para pensar. ;Só a mãe pode denunciá-lo, já que ele não confessou. Se ela não fizer a representação, faremos um boletim de ocorrência, mas ele continuará solto e sequer será aberto inquérito;, explicou a delegada Márcia Mendonça.

No fim da tarde, duas conselheiras tutelares avisaram à mãe que levarão as meninas para acompanhamento psicológico a partir de hoje. Houve aglomeração de curiosos, que ensaiaram revolta pelo fato de a mãe das vítimas se negar a denunciar o acusado. ;Mesmo que a mãe não admitia que as meninas foram molestadas, o Conselho Tutelar vai levar as duas para serem ouvidas por uma psicóloga infantil;, disse a conselheira Tereza Amaral.

Bancário
Na segunda-feira (11/08), um bancário de 44 anos foi preso em flagrante quando molestava sexualmente duas meninas de rua, num cruzamento da Zona Sul de São Paulo. O acusado foi denunciado por um guardador de carros que disse tê-lo visto desde a semana passada parando no mesmo semáforo para conversar com as meninas que pedem esmola no local. Segundo o denunciante, o bancário abriu a porta do carro e as duas meninas, uma de 8 e outra de 12 anos, entraram no veículo. O acusado parou o carro na primeira vaga que encontrou e a polícia foi chamada. Quando os policiais chegaram, as duas meninas estavam vestidas, mas no celular do bancário havia fotos das duas sem roupa.

As duas meninas são filhas de moradoras de rua. As mães denunciaram o suposto pedófilo e terão de entregar as crianças para um abrigo público, onde também receberão tratamento psicológico. Chocada com a denúncia, a mulher do acusado disse que não vai constituir advogado para libertar o marido. Ele foi autuado em flagrante por atentado violento ao pudor e levado para um Centro de Detenção Provisória.

;Chefes do Papai Noel;
O Centro de Detenção Provisória do Belém, Zona Leste de São Paulo, recebeu ontem dois presos ilustres: ;os chefes do Papai Noel;. É assim que o promotor Roberto Tardelli se refere a Nicolau Archilla Messa, 81 anos, e Renato Garembeck Archilla, 49, avô e pai de Renata Guimarães Archilla, 29. Eles tiveram a prisão preventiva decretada na segunda-feira como mandantes da tentativa de homicídio de Renata, em 2001. Ela estava parada no trânsito quando um homem vestido de Papai Noel se aproximou e atirou contra seu rosto. O agressor era o PM José Benedito da Silva.

Tardelli estava convencido de que o mandante seria o avô da moça, com o objetivo de livrar o filho de pagar pensão alimentícia. ;Encontramos os telefones do avô na agenda do executor do crime e descobrimos que o policial trabalhava para o pai e o avô da moça em Sorocaba (SP);, diz o promotor. Apesar de classificar a situação como ;muito triste;, Renata diz que está aliviada. ;Fiquei surpresa, mas, acredito que nada melhor do que a Justiça para cuidar disso;, acredita.

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