Brasil

Promotor é vítima de seqüestro relâmpago no Rio

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postado em 14/08/2008 20:20
Um promotor de Justiça que atua na Vara de Família foi vítima de seqüestro relâmpago e teria sido torturado por traficantes em Niterói, há dez dias. Em nota divulgada nesta quinta-feira (14/08), o Ministério Público (MP) do Estado "frisa que o episódio não teve qualquer relação com a atuação funcional do promotor". Segundo o MP, ele "ficou em poder de bandidos por algumas horas" e teve objetos roubados, entre eles uma pistola de sua propriedade O comandante do Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais (Gpae) no Morro do Cavalão, em Niterói, capitão Felipe Gonçalves Romeu, afirmou desconhecer informação publicada no jornal Extra de que o promotor teria sido levado para a favela e torturado. "Se teve isso, não foi lá (no Cavalão). Fui procurar saber. O morro está tranqüilo, está calmo", afirmou. A nota do MP não cita tortura e afirma apenas que o crime ocorreu no município de Niterói, sem especificar o local. O procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, não quis comentar o caso O fato repercutiu entre participantes da 19ª reunião do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas, que reuniram-se no auditório do MP. Segundo a reportagem do Extra, o promotor ficou pelo menos oito horas em poder de criminosos e foi submetido a sessões de tortura física e psicológica. Ele estaria em um bar quando foi abordado por homens armados e obrigado a entrar em um carro. Depois de revistá-lo e encontrar a pistola, os criminosos teriam telefonado para traficantes no morro, dizendo que levariam um "brinquedinho" para eles, informou o jornal carioca. Lá, segundo a reportagem, o promotor negou que fosse policial, como acreditaram os criminosos, mas foi espancado até a chegada do chefe do tráfico local, que alegou, para liberá-lo, não querer problema com o MP. O fato foi "objeto de regular registro na delegacia da área" e será investigado em inquérito policial, informou o MP. O promotor não foi localizado pela reportagem e, a pedido do órgão, o nome dele não será divulgado. A Secretaria da Segurança também não comentou o caso.

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