postado em 17/08/2008 16:35
Cerca de 200 mil estudantes de todo o país se inscreveram para a 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Física (OBF),cuja primeira fase teve início neste sábado (16/08). Na edição do ano passado, foram cerca de 130 mil inscrições, e a organização estima que aproximadamente 180 mil tenham participado. Dirigida a estudantes do último ano do ensino fundamental e do ensino médio a Olimpíada recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A primeira fase é eliminatória e os estudantes de qualquer instituição, pública ou particular, enfrentam uma bateria de provas eliminatórias para se classificar para a próxima fase, eles precisam superar um número mínimo de erros, que será estabelecido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), organizadora da Olimpíada, com base no cálculo de uma nota de corte a exemplo do que ocorre nos vestibulares das faculdades federais.
Segundo o coordenador da OBF no Distrito Federal, Marco Antônio Amato, os principais objetivos da competição são estimular o jovem ao desafio e despertar o interesse pela ciência básica. Ele informou que quem inscreve os alunos, nesta primeira fase, é o professor da escola, que fica responsável por aplicar a prova, corrigi-la e transmitir os resultados organização.
Na segunda etapa, que deve acontecer em setembro, quem realiza este trabalho é a coordenação estadual da OBF. As finais serão em novembro. Os alunos mais bem classificados são convidados a participar de uma seletiva nacional para participarem da Olimpíada Internacional de Física ou da Olimpíada Iberoamericana de Física, no próximo ano, informou Amato. Os eventos internacionais ocorrerão, respectivamente, na Croácia e no Panamá. Além das disputas fora do Brasil, os vencedores da OBF ganham prêmios em cada região no Distrito Federal são uma medalha, textos e livros.
O desenvolvimento da ciência parte do pressuposto de que você deve ter, dentro da política geral do país, um incentivo. Você desperta atenção tendo uma boa escola de ensino médio, com bons professores. Mas as sociedades científicas também procuram despertar atenção com as Olimpíadas. Ela ajuda aquele aluno que gosta de ciência a participar de um evento competitivo a demonstrar suas habilidades, explicou Amato.
Para o coordenador, a Olimpíada também ajuda o estudante a traçar perspectivas de vida e de atuação profissional, mesmo que fora da ciência. Nós devemos enxergar a participação na Olimpíada como um desafio ao jovem para que, quando ele for buscar uma carreira, tenha sucesso. A vida é constituída de desafios, e esse é mais um deles que você escolhe, defendeu Marco Antônio Amato.