postado em 19/08/2008 09:50
A vistoria inicial dos escombros do Teatro Cultura Artística, destruído pelo fogo na madrugada de domingo, não indicou sinais de incêndio criminoso. Na segunda (18/08), peritos do Instituto de Criminalística (IC) tiraram fotos e recolheram fragmentos que os ajudarão a desvendar as causas do acidente. "Em princípio, não houve dolo, não houve crime", disse Antônio Roberto Antunes Lazaro, do Núcleo de Engenharia do IC. Ao que tudo indica, diz ele, o fogo começou no palco da sala Esther Mesquita, com 1.156 lugares.
"O vigia disse que abriu a porta, viu algumas coisas, mas uma explosão o jogou para trás", contou Lazaro. Segundo ele, a baixa umidade do ar e a grande quantidade de tecidos podem ter ajudado a propagar as chamas. "Ainda precisamos analisar as fotos e aguardar os resultados dos exames de laboratório para dizer com certeza o que aconteceu", concluiu. Não há prazo para o IC concluir o laudo técnico sobre o incêndio.
As outras hipóteses apontam para um curto-circuito ou a queda de um balão no telhado. As duas enfrentam questionamentos, pois não há vestígios de balões na estrutura e porque todas as luzes, aparelhos elétricos e ar-condicionado do teatro estavam desligados.
O Corpo de Bombeiros afirmou que o prédio estava regularizado com as normas de segurança e com permissão para funcionar. O trabalho no local foi finalizado, mas alguns soldados permaneceram para dar suporte à perícia, pois há risco de desabamento. Os técnicos dizem que o mosaico de Di Cavalcanti não apresenta riscos de destruição.