postado em 24/08/2008 17:19
A final da 2ª Copa de Futebol de Inclusão Social, disputada neste domingo (24/08) em Brasília, foi vencida nas três categorias - masculino - 7 a 12 anos e 12 a 17 anos e feminino - por atletas do Centro de Instrução e Adestramento de Brasília (CIAB).
A Copa é uma promoção da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e do Conselho Internacional de Esporte Militar (CISM). Além de Brasília, a final da Copa foi realizada nas cidades de Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ) e Anápolis (GO). Participaram dos jogos, nos quatro estados, 336 atletas entre homens e mulheres. Todos são atendidos pelo programa de inclusão social Segundo Tempo, numa parceria dos ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social. No Brasil, são cerca de 10 mil crianças e jovens, de 6 a 17 anos,integrados ao programa.
Para o brigadeiro Pinto Machado, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, os militares têm muito orgulho de participar desse programa de inclusão, destinado a retirar as crianças e os jovens da rua e colocá-los em unidades das Forças Armadas." No momento em que oferecemos a esses jovens a infra-estrutura, na parte de esportes, como na de aula de reforço, assistência médica-odontológica, estamos dando mais do que instrução e inclusão social, estamos dando oportunidade de eles conviverem com uma sociedade ordeira e disciplinada", explicou Pinto Machado.
De acordo com o brigadeiro, essas crianças e jovens respondem muito bem ao que aprendem com um comportamento magnífico e irrepreensível. O brigadeiro informou que essa parceria para a inclusão social começou em 2007, atendendo 5 mil crianças e adolescentes, e que em 2008 já são 10 mil. Ele prevê que em 2010 serão 20 mil crianças atendidas pelo programa de inclusão social nessa parceria entre os três ministérios e a Fifa.
O goleiro menos vazado da competição, Wevson de Oliveira Silva, de 15 anos, elogiou o trabalho desenvolvido no projeto e disse que na unidade do CIAB ele tem oportunidade de praticar esporte, estudar e crescer: O projeto é importante porque tira as crianças da rua e ensina a viver melhor.
O artilheiro da copa, Anclys Mangueria, de 16 anos, e que marcou quatro gols em dois jogos, disse que o programa lhe dá muitas oportunidades, ao permitir que ele pratique esportes, tenha reforço escolar, além de alimentação e tratamentos médico e odontológicos. Ele está na entidade há dois anos. "Espero um dia ser um jogador profissional e poder ajudar a minha família. Estou tendo oportunidade com esse programa", revelou o jovem.