postado em 26/08/2008 09:54
As quatro obras roubadas da Estação Pinacoteca, em São Paulo, voltam a ser expostas hoje, pouco mais de dois meses após serem furtadas. Não haverá cerimônia ou evento especial. Inicialmente, deveriam ficar expostas na Pinacoteca só nesta semana. Por causa dos furtos, o encerramento da mostra foi adiado para o dia 5 de outubro.
No dia 12 de junho, três homens armados pagaram ingresso, entraram pela porta da frente e furtaram 'Mulheres na Janela' (1929), óleo sobre cartão de Di Cavalcanti; 'O Pintor e seu Modelo' (1963), gravura de Pablo Picasso; 'Minotauro, Bebedor e Mulheres' (1933), outra gravura de Picasso; e 'Casal' (1919), guache sobre cartão de Lasar Segall. As quatro obras estão avaliadas em US$ 560 mil.
A primeira obra recuperada foi 'O Pintor e seu Modelo', no dia 19 do mês passado. A gravura estava escondida sob o telhado de um prédio da Cohab José Bonifácio, em Itaquera, zona leste. Uéslei Teobaldo Barros, de 30 anos, foi preso no local. No dia 6, a polícia recuperou o guache de Segall e o óleo de Di Cavalcanti. A última obra, 'Minotauro, Bebedor e Mulheres', foi encontrada no dia 16, após ter sido devolvida pelos ladrões. A gravura de Picasso foi abandonada perto do km 13 da Rodovia Raposo Tavares.
Além de Barros, foram presos Edmílson Silva do Nascimento e Alex Santana dos Santos. Três acusados estão foragidos: Marcelo Dias de Souza, Paulo César Soares e Diego Constantino de Oliveira. Os dois primeiros são acusados por policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) de entrar com Barros na Pinacoteca e furtar as telas. As obras passaram por análise técnica de peritos da Fundação Nemirovsky, dona dos quadros e gravuras. A autenticidade foi comprovada. Todas estavam em perfeito estado. Apenas as molduras passaram por manutenção.