Brasil

Sargento Laci Marinho pode voltar a ser preso

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postado em 30/08/2008 13:02
O sargento do Exército Laci Marinho de Araújo, 36 anos, pode voltar a ser preso a qualquer momento. Desde quinta-feira (28/08), o militar deveria ter se apresentado para trabalhar no Hospital Geral de Brasília, onde exerce a função de auxiliar administrativo, mas não compareceu. Laci trava queda-de-braço com o Exército em um processo por deserção. O caso veio a público em maio quando o militar assumiu publicamente relação homoafetiva com o ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo. O ex-sargento do Exército Fernando Alcântara de Figueiredo fala sobre a situação atual do companheiro, o sargento Laci de Araújo. Ouça: De acordo com o Comando Militar do Planalto, Laci deve responder por transgressão disciplinar por estar há mais de 24 horas sem se apresentar a seu superior, o coronel Antônio André Cortes Marques, diretor do hospital. Passados oito dias de ausência, o militar pode ser considerado novamente desertor. O sargento, que chegou a ser preso pelo Exército em junho depois de aparecer em um programa da Rede TV, foi posto em liberdade em 30 de julho, após conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O militar retornou ao trabalho no último dia de julho, mas voltou a entrar com atestados. A última licença médica expirou na última quarta-feira (27/08). ;A gente achou que o Exército teria bom senso, já que o laudo neuropsiquiátrico solicitado pela Justiça Militar no processo que Laci responde por deserção indicou que ele tem transtorno emocional e carece de atendimento médico;, justifica Fernando. O ex-sargento organiza uma manifestação marcada para segunda-feira (1º/09), em frente ao prédio do Comando do Exército, na Esplanada dos Ministérios. ;É para que a gente tente sensibilizar as autoridades militares;, explica. Desde 18 de agosto, Laci responde a três processos pelas mesmas transgressões disciplinares atribuídas a Fernando: ter dado entrevista à revista Época mal uniformizado e viajar para São Paulo e aparecer em programa de TV sem autorização da autoridade militar. Em um terceiro processo, Laci responde por ter ido ao Rio Grande do Norte, no final do ano passado, sem prévia autorização militar.

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