Brasil

Mangabeira Unger espera críticas ao Plano Nacional de Defesa

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postado em 07/09/2008 15:05
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, afirmou neste domingo (7/09), logo depois do desfile de Sete de Setembro, que o Plano Nacional de Defesa, que teve seu lançamento adiado, vai ser atacado quando for lançado. Vão acusá-lo de ser um desperdício de dinheiro e um instrumento de corrida armamentista, disse Mangabeira. No entanto, o ministro defendeu que as críticas serão uma forma de começar um debate nacional sobre o novo plano, que deveria ter sido lançado hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. De acordo com Mangabeira Unger, ele não foi lançado hoje porque a data coincidiu com a visita da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e também porque a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve cheia nos últimos dias. Ele [Lula] quer aproveitar para ter uma última discussão e fazer alguns últimos ajustes, disse o ministro. Mangabeira explicou que o plano está organizado em três grandes vertentes: A reconfiguração, a reorientação e o equipamento das Forças Armadas, a reconstrução da indústria nacional de defesa e a própria composição das Forças Armadas, inclusive a evolução do serviço militar obrigatório. Ele disse que há um consenso entre as lideranças de que o serviço militar obrigatório deve ser mantido e aprofundado, pois num país tão desigual como o nosso [o serviço obrigatório] é um nivelador republicano, um espaço no qual a nação se pode encontrar acima das classes. Perguntado se a Marinha vai receber reforço para cuidar do pré-sal, o ministro se limitou a dizer que a estratégia nacional de defesa não é uma resposta conjuntural a problemas conjunturais. Sobre a possibilidade de as Forças Armadas serem utilizadas para a manutenção da lei e da ordem, ele disse que isso é parte da missão constitucional do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E nós abordamos no conjunto da estratégia de defesa a necessidade de regulamentar com mais precisão esse mandato constitucional." O objetivo, segundo ele, é não permitir que a tarefa das Forças Armadas se confunda com a da polícia. Força Armada não é polícia, ela existe para defender o Brasil.

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