postado em 09/09/2008 15:39
A PF deflagrou nesta terça-feira (9/09) a Operação Galo Capote e desmantelou uma quadrilha composta por cerca de 20 pessoas especializadas nos crimes de moeda falsa e equipamentos para falsificação de moeda. Cerca de 250 policiais participaram da operação no estado de São Paulo e cerca de cem em outros estados. As investigações duraram 9 meses.
Com base em São Paulo/SP, a organização de criminosos adquiria matéria-prima, produzia as cédulas falsas e repassava-as em grandes lotes a distribuidores. Eles entregavam quantidades menores a pequenos distribuidores que as colocavam em circulação.
A maioria dos integrantes da quadrilha possui antecedentes criminais, com diversos registros de crimes como estelionato, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, receptação, etc.
A quadrilha de falsificação de cédulas é grande e organizada. Inclui negociadores, distribuidores, fornecedores e fabricantes. Os criminosos movimentavam grandes quantidades de cédulas falsas que eram remetidas a vários estados brasileiros.
Estima-se que a quadrilha seja responsável pela produção mensal de mais de 15 mil cédulas falsas, valor superior a 250 mil reais. Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão e cerca de 70 mandados de busca e apreensão em 6 Estados brasileiros que incluem São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Galo Capote
A razão do nome da operação é porque Galo é um apelido popular da cédula de 50 reais e utilizado pela organização criminosa para se referir à cédula preferida para falsificação. Galo é uma analogia ao número 50, que no jogo do bicho correspondente a este animal. Capote é uma denominação da galinha d´angola ou guiné. O cruzamento desses animais gera um animal híbrido, estéril, um falso galo ou "galo capote", como as cédulas produzidas pela organização criminosa.