postado em 16/09/2008 20:16
A Policia Civil em Campinas, no interior paulista, aderiu à greve da categoria a partir das primeiras horas da manhã desta terça. Os distritos policiais que operam 24 horas amanheceram com faixas informando que a paralisação é por tempo indeterminado. Apesar das portas abertas das unidades, a orientação era de não ligar os computadores. Na Baixada Santista, a adesão à paralisação atingiu grande parte dos municípios.
A orientação seguida pela categoria em Campinas, e que seria acatada em todo o Estado de São Paulo, é a de apenas registrar ocorrências de urgência, como latrocínio, flagrantes e crime hediondo. Cópia de uma carta aberta dirigida à população e que expôs a razão da greve foi entregue a cidadãos em frente aos distritos. Outra orientação é a de que boletins de ocorrência podem ser efetuados via internet, pelo site www.ssp.sp.gov.br.
De acordo com o presidente do Sindicato da Policia Civil de Campinas, Aparecido Lima Carvalho, os agentes vêm discutindo as reivindicações desde o mês de março, porém sem nenhuma definição do governo estadual. A Associação de Familiares e Amigos de Policiais do Estado de São Paulo informou que se não houver uma decisão favorável de reajuste salarial, a intenção é parar os quartéis e batalhões da Policia Militar (PM) depois das eleições em outubro.
Baixada Santista
A greve da Polícia Civil continuou com grande adesão nos municípios da Baixada Santista. "Estamos fazendo o que a cartilha manda, seguindo a lei de greve e só atendendo flagrantes", disse o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo na Região de Santos (SINPOLSAN), Décio Couto Clemente.
Segundo ele a adesão na região, que já estava "ótima", melhorou ainda mais com as informações de que o movimento está muito forte também no interior e agora, na capital do Estado. "O sindicato nem tem feito mais nada, está todo mundo consciente", afirmou.