postado em 17/09/2008 09:19
A quarta e última audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) para debater o aborto de fetos com anencefalia foi marcada por ânimos acirrados. Favoráveis e crÃticos à interrupção da gravidez nesse caso defenderam com fervor seus pontos de vista. Como nos três debates anteriores, o ministro Marco Aurélio Mello presidiu a sessão. Apesar de na primeira audiência, em agosto, ter previsto que o julgamento ocorreria até novembro, Mello não descartou o adiamento da questão no Supremo e evitou falar em datas. ;Não há pressa nesse julgamento;, afirmou.
A ministra-chefe da Secretaria Especial de PolÃticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, defendeu a necessidade de revisão da legislação punitiva e ponderou que o Código Penal foi elaborado em uma época em que não havia a possibilidade de se fazer o diagnóstico precoce na anencefalia. ;O Código Penal é de 1940, e a ultra-sonografia é de 1976;, lembrou. Na avaliação da ministra, a decisão do aborto nesse caso deve ser tomada pela mulher e diz respeito a cada pessoa.
Médica Elizabeth Kipman apresenta argumentos contrários à antecipação da gravidez em casos de anencéfalos