postado em 18/09/2008 21:03
Cerca de 300 pessoas, segundo os organizadores, fizeram uma manifestação no final da tarde desta quinta-feira (18/09) em frente sede da Embaixada da Bolívia, na Avenida Paulista, em São Paulo, para declarar apoio ao presidente boliviano Evo Morales. A manifestação reuniu representantes de diversos partidos políticos de esquerda e de entidades civis, entre eles, o Movimento Humanista e o Coletivo Intervozes.
Segundo Adriana Abrahão, coordenadora do Movimento Humanista, a intenção da manifestação foi apoiar o governo de Evo Morales, que reconhecemos como um governo absolutamente democrático, ainda porque acabou de acontecer um referendo, com aprovação da população.
Em manifesto distribuído na Avenida Paulista, o Movimento Humanista afirmou que a oposição boliviana, que não alcançou o apoio popular no recente referendo e que também não alcançou apoio internacional para derrubar o governo de Evo Morales, deveria assumir a sua derrota e não tomar uma decisão abominável e monstruosa: desestabilizar o governo boliviano a qualquer preço, sem poupar vidas humanas, pondo em perigo toda a sociedade.
À Agência Brasil, Abrahão disse que o Movimento Humanista analisou que o problema envolvendo a Bolívia é parte de uma luta de intenções. É um problema porque surge do interesse de alguns grupos em manter um estado de coisas e para evitar que a democracia chegue a todas as comunidades, disse.
Rogério Cerone, orientador do Movimento Humanista, disse que parte do conflito na Bolívia tenha sido motivado pelos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos. Temos de fazer frente a isso e começar a trabalhar sem violência, construindo novas formas de participação e de mobilização, afirmou Cerone.
A manifestação contou também com a participação do cônsul da Bolívia em São Paulo, Jaime Valdivia.