Brasil

Primeira-dama e empresários discutem combate à exploração sexual infantil

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postado em 18/09/2008 21:14
Empresários e representantes do governo federal, entre eles a primeira-dama Marisa Letícia, discutiram na tarde de hoje (18), em São Paulo, formas de combate exploração sexual infantil e também apresentaram sugestões para promover o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que será realizado entre os dias 25 e 28 de novembro no Rio de Janeiro. As edições anteriores do congresso ocorreram na Suécia (1996) e no Japão (2001). A reunião ocorreu a portas fechadas. A primeira-dama, que é presidente de honra do evento, participou da reunião, mas saiu sem falar com a imprensa. Durante a reunião, a presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, e um representante da Rede Globo se comprometeram a fazer campanhas educativas na TV sobre o tema. Também foi acordada a ampla utilização de sites das empresas na divulgação não apenas do 3º Congresso, mas para esclarecimentos sobre essa temática e também sobre várias iniciativas de empresas trabalharem com seus segmentos como, por exemplo, desenvolvimento de rótulos de embalagens e de produtos que possam chamar a atenção sobre esse tema, esclareceu a subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), Carmen Oliveira Um dos cerca de 53 empresários presentes ao evento, o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, destacou o papel do setor no combate exploração sexual. É relevante o papel dos empresários no sentido de, onde puder existir qualquer possibilidade de ter a prostituição, atuar junto com o poder público, principalmente o local, para impedi-la, disse. Para o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, a participação empresarial é importante para ampliar a mobilização nacional contra a exploração sexual de menores. Nossa avaliação é de que determinados desafios, como este, por exemplo, exigem uma ação vigorosa do Estado em todos os níveis, afirmou. De acordo com Carmen Oliveira, a exploração sexual de crianças e adolescentes, problema visível nas nossas ruas, bares e famílias está diminuindo em cidades onde já há políticas municipais, como Fortaleza e Recife, mas está crescendo em regiões de fronteira brasileira, especialmente no Acre com a Bolívia, onde há os portos secos. Para que o problema seja enfrentado, Carmen defende que o primeiro passo seja o reconhecimento de sua existência, de forma a não nos acostumarmos com essa paisagem. A idéia é também defendida pelo ministro da SEDH. Paulo Vannuchi O Brasil não pode ter vergonha de mostrar os seus problemas." Ele destacou que o número de casos de exploração sexual contra crianças e adolescentes no país é incalculável, mas certamente altíssimo e que os programas do governo de combate ao problema não são suficientes sozinhos. Nossas dificuldades em direitos humanos têm de ser expostas, defendeu. Durante o congresso, que deve reunir participantes de 130 países serão discutidos temas como estratégias de cooperação internacional, políticas intersetoriais e iniciativas de responsabilidade social que garantam o direito de proteção de crianças e adolescentes no mundo e combatam a exploração sexual de menores.

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