postado em 19/09/2008 19:43
O Brasil ganhou nesta sexta-feira (19/09), em Petrópolis, o primeiro aparelho seqüenciador de genoma de alto desempenho, numa iniciativa conjunta dos Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia.
O equipamento foi adquirido pelo Ministério da Saúde e será instalado na Unidade Genômica Computacional do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Ministério da Ciência e Tecnologia. Genoma é toda informação hereditária de um organismo, codificada no DNA.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o aparelho é capaz de fazer, em poucas horas, o que equipamentos de gerações anteriores fariam em meses.
"Ele faz seqüência de DNA, o que é muito importante no estudo de organismos, de lesões de pacientes portadores de câncer. Ele é fundamental para a pesquisa que pode desdobrar em desenvolvimento de novas tecnologias de diagnóstico, por exemplo ou em conhecimentos que podem levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para doenças.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) será um dos principais usuários dessa plataforma tecnológica, enfatizou Temporão. O instituto utilizará o seqüenciador de genoma para estudar e conhecer em profundidade o perfil dos vários tipos de câncer no país, para que nós possamos aperfeiçoar o diagnóstico e o tratamento dessa doença, acrescentou o ministro.
O uso do equipamento não se restringirá, porém, s pesquisas sobre câncer. Ele poderá ser usado também no estudo de vegetais, micro-organismos e até para estudo da poluição ambiental.
O ministro assegurou que a parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia tem o objetivo de investir na melhoria de condições tecnológicas para a área da saúde e de colocar o Brasil em um patamar similar ao dos países desenvolvidos.
Formar pesquisadores, desenvolver patentes e, principalmente, desenvolver tecnologias para os grandes problemas de saúde pública brasileiros, incluindo aí as doenças negligenciadas, que são a tuberculose, hanseníase, malária.
O investimento total foi de R$ 2,5 milhões. Desse montante, R$ 2 1 milhões se destinaram compra do equipamento e o restante (R$ 400 mil) foi aplicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia nas obras de infra-estrutura e do laboratório.