postado em 23/09/2008 16:36
Cerca de 180 indígenas da comunidade Patachó Hã-hã-hãe estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (23/09) no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, para discutir o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que avaliará a posse de terras no Sul da Bahia. O processo corre na Justiça há 26 anos e passou a ser acompanhado de perto pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A comunidade indígena alega ocupar a região há cerca de 30 anos. Nenhum parlamentar participou da audiência em razão do recesso branco. Ainda assim, os índios avaliaram com otimismo a conversa e acreditam que ela serviu para destacar a importância do julgamento, previsto para esta quarta-feira (23/09).
;Esperamos que as autoridades amanhã vejam com carinho e votem consciente. Não tenham medo de dizer que agente vai perder. Nossa terra foi demarcada e homologado;, afirmou a cacique Ilza Rodrigues da Silva, 38 anos.
As lideranças apresentaram durante a audiência imagens dos momentos de conflitos. A antropóloga Maria Ilda Paraíso, também presente na cerimônia, alegou que a demarcação da reserva na região em favor dos índios é uma questão legal. ;As primeiras referências desse povo nessa região é 1951. Se considerarmos as exigências legais da constituição, a luta é justa;, argumentou.