Brasil

Depois de denúncia, Frateschi deixa Funarte e diz que faltou respaldo do ministério da Cultura

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postado em 07/10/2008 21:13
O ator Celso Frateschi pediu demissão da presidência da Fundação Nacional de Arte (Funarte) nesta segunda-feira (6/10), depois da veiculação de uma denúncia em jornais de grande circulação a respeito de suposto favorecimento à companhia teatral Ágora em editais do Ministério da Cultura. ;É uma acusação extremamente grave, em que me senti completamente desrespaldado pelo ministério porque a decisão de aprovar o tipo de projeto do qual a Ágora se encaixava não foi uma decisão da Funarte, foi uma decisão do ministério.; Questionado se a falta de respaldo teria ligação com a mudança no comando do ministério ; recentemente, Gilberto Gil deixou a pasta e deu lugar a Juca Ferreira ;, Frateschi apenas respondeu que havia sido "chamado pelo ministro Gil;. O ex-presidente da Funarte afirmou ainda que se sentiu ;bastante isolado; no episódio da denúncia. A Agência Brasil tentou entrar em contato com a assessoria do ministro da Cultura, mas até o fechamento da reportagem não foi possível obter uma resposta. A Funarte é uma das entidades responsáveis por analisar projetos que precisam captar recursos e que são entregues ao governo. No ano passado, depois de uma greve, cerca de 4 mil processos ficaram acumulados na fundação. Depois da paralisação, segundo Frateschi, a prioridade na análise dos documentos foi dada para os projetos que já tinham sinalização de interesse de patrocinadores. ;O Ágora tinha uma manifestação da Petrobras desde julho, porque se tratava de um projeto de continuidade, que a Petrobras já tinha apoiado no ano anterior, quando eu não estava nem pensava em trabalhar na Funarte. E o projeto passou por todos os trâmites legais para ser aprovado;, disse. O pedido de renúncia também foi motivado por uma carta que a Associação de Servidores da Funarte (Asserte) enviou a Juca Ferreira e na qual acusava a gestão de Frateschi de intimidar funcionários, com desrespeito e assédio moral. ;São declarações completamente infundadas de um grupo de 15 funcionários que fizeram uma assembléia, tiraram essa carta e que, infelizmente, o ministério deu ouvido a eles. Essa é uma das razões do que eu considero uma situação de desconfiança que não me permite mais permanecer no cargo;, pontuou.

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