Brasil

População do Sudeste é a única a atingir escolarização obrigatória em 2007

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postado em 14/10/2008 13:41
Apenas na Região Sudeste a população atingiu, no ano passado, a escolarização mínima obrigatória de oito anos, prevista na Constituição Federal. A conclusão é do levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado nesta terça-feira (14/10). A taxa média de escolarização dos brasileiros é de 7,3 anos de estudo, segundo a Pnad. No entanto, a análise por regiões mostra diferenças de até dois anos entre os brasileiros do Nordeste e do Sudeste. No Nordeste, a média é de seis anos de estudo, no Sudeste, oito. A escolaridade média na região Norte é de 6,8 anos, no Centro-Oeste de 7,5 e no Sul, 7,6 anos de estudo. ;O número médio de anos de estudo ainda se encontra nesse patamar bastante insatisfatório pelo fato de ser elevada a proporção de analfabetos entre adultos e idosos;, indica o Ipea, que também avaliou os dados da Pnad sobre o analfabetismo, que em 2007 chegou ao menor índice em 15 anos. No entanto, de acordo com o instituto, ;se a tendência de queda for mantida, a erradicação do analfabetismo no Brasil terá de aguardar por pelo menos outras duas décadas;. Os menores índices de alfabetização e escolarização estão nas faixas etárias mais altas. Na avaliação do Ipea, o avanço no número médio de anos de estudo da população brasileira depende de políticas de educação de jovens e adultos e de universalização da conclusão do ensino fundamental. ;Ampliar o acesso a cursos na modalidade de educação de jovens e adultos implicará na aceleração do crescimento da escolaridade média da população brasileira;. O Ipea ressalta que garantir a conclusão do ensino fundamental é um dos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito dos Objetivos do Milênio, da Organização das Nações Unidas. Na classificação por faixas etárias, as crianças até três anos foram as que mais apresentaram avanços em relação à escolaridade entre 2006 e 2007, com aumento de 1,7%, o que elevou a taxa de escolarização nessa faixa para 17,1%. Se considerada a freqüência líquida ; que além da quantidade, avalia a adequação etária à série ; os maiores avanços foram verificados nos níveis médio e superior. A melhoria, segundo o Ipea, se deve possivelmente ao ;aumento dos índices de aprovação no ensino fundamental ; que permite ao aluno ingressar no nível subseqüente em idade menos avançada ; e no ensino médio, de modo a favorecer a conclusão da educação básica em idade menos avançada;. As políticas governamentais de acesso à educação superior, como a ampliação de vagas em universidades federais, o Financiamento Estudantil (Fies) e a instituição do Programa Universidade para Todos (Prouni) são indicadas pelo Ipea como possíveis responsáveis pelo aumento da freqüência líquida na faixa etária de 18 a 24 anos.

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