postado em 21/10/2008 17:19
Os secretários de Gestão Pública Sidney Beraldo e da Segurança Pública Ronaldo Marzagão estiveram reunidos nesta terça-feira (21/10), no Palácio dos Bandeirantes, para apresentar aos líderes dos partidos na Assembléia Legislativa uma proposta de reajuste salarial para os policiais civis. A informação foi confirmada pelas assessorias de imprensa da Secretaria de Gestão Pública e do Palácio dos Bandeirantes.
Ontem, o governo de São Paulo enviou a proposta, por escrito, Assembléia Legislativa. Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública, as medidas, em forma de projeto de lei complementar, devem beneficiar também os policiais militares e a polícia técnico-científica e prevêem reajuste linear no salário base de 6,5% a partir de 1º de janeiro de 2009 e mais 6,5% a partir de janeiro de 2010. O projeto ainda propõe uma aposentadoria especial para os policiais civis e a extinção da quinta classe da categoria.
Estamos encaminhando para a Assembléia Legislativa aquilo que o governo entende que é possível do ponto de vista orçamentário, disse o secretário de Gestão Pública Sidney Beraldo, em nota.
De acordo com o assessor de comunicação da Associação dos Delegados de Polícia Civil do estado, Renato Flor, esta foi a primeira vez que há algo (uma proposta do governo) por escrito. Segundo ele, isso foi um avanço e será analisado pela categoria. Agora temos algo para avaliar, disse ele Agência Brasil.
Os policiais civis estão em greve no estado desde o dia 16 de setembro, só atendendo casos de emergência. Em audiência ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho, ficou acordado que os policiais civis, em greve, deveriam manter 80% do seu efetivo trabalhando. Os policiais civis dizem estar cumprindo o acordo, mas o Ministério Público do estado deverá fiscalizar se isto está de fato ocorrendo, atendendo a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski.
Nesta terça-feira (21/10), representantes dos sindicatos dos policiais civis e de centrais sindicais estiveram reunidos em Brasília com o ministro da Justiça Tarso Genro.