Brasil

Em Pernambuco, moda é usada para evitar rebeliões em presídio

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postado em 27/10/2008 10:11
A confecção de fantasias é um dos artifícios usados pela diretora da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru (PE) Cirlene Rocha, para conter a massa de 700 presos que convivem em um espaço para apenas 98. Este ano, Um Vôo para a Liberdade num Pássaro Fênix foi a fantasia feita pelos detentos que ganhou o primeiro lugar no desfile do carnaval de Pernambuco deste ano. A fantasia do Fênix, por sinal, tem história. Foi feita pelo ex-presidiário Josivaldo Silvestre, que morreu em maio, logo após conseguir a liberdade. Durante a confecção, Cirlene precisou se desdobrar para conciliar os conflitos. Cirlene explica que o segredo para manter o ambiente em paz é arrumar ocupação para todos os presos, ouvi-los sempre que possível, ter regras claras e punir quem as desobedece. Foi o que aconteceu quando um estuprador foi agredido na prisão. ;Registramos o caso na delegacia e o agressor passou a responder criminalmente por mais um crime. Eu os respeito, mas exijo que as regras sejam respeitadas;, diz ela, que muitas vezes também acaba exercendo papel de conselheira amorosa. A penitenciária produz cerca de 16 mil peças de roupa por mês, e metade dos presos tem aulas regulares.

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