postado em 29/10/2008 12:31
Ao participar da Conferência Mundial ECO 2008, em Brasília, a fundadora da Pastoral Internacional da Criança e do Idoso, Zilda Arns, avaliou nesta quarta-feira (29/10) que é preciso engajamento de todos os setores sociais para promover a sustentabilidade. Antes de começar a explicação do painel Paz e Sustentabilidade, a médica e sanitarista lembrou que, para que haja paz, é preciso que as pessoas atuem de forma positiva dentro do contexto da família e da comunidade.
;Muitas coisas simples podem ser feitas com pouco dinheiro e com a participação comunitária. Se vem um programa só do governo para baixo, é muito difícil fazer a transformação social de cada ser humano. Mas, se aproveitarem todas as forças atuantes na comunidade, existe o que se chama de solidariedade.;
Arns destacou que, para o mundo alcançar a sustentabilidade, o contraste entre países ricos e paupérrimos precisa deixar de existir, assim como ;toda essa intriga internacional; que, segundo ela, não leva à paz. ;Precisamos respeitar as diferenças. O mundo não se sustenta sozinho, depende do resto;, avaliou.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, Cassio Taniguchi, o caminho para a sustentabilidade pressupõe um equilíbrio entre as dimensões social, econômica e ambiental.
;Sem dúvida, hoje em dia, o que acontece em relação à crise econômica é que, de repente, se mobiliza bilhões e trilhões. Por que não usam uma parte desse dinheiro para reduzir a fome, a pobreza? Afinal de contas, temos mais de 6 bilhões de pessoas no mundo e mais de 3 bilhões nas cidades. E é nas cidades que acontecem tanto os maiores problemas ambientais quanto de consumo de energia e de matéria-prima.;
Taniguchi defendeu que a necessidade de uma mobilização mundial voltada a discutir medidas que levem à sustentabilidade. ;Como a [mobilização] que está acontecendo com essa crise econômica;, lembrou. Ele questionou ainda por que beneficiar banqueiros e especuladores quando os países desenvolvidos deveriam trabalhar em cima das pessoas que mais precisam.