postado em 31/10/2008 12:56
A Polícia Civil de São Paulo investiga a suspeita de que servidores estaduais ajudaram uma quadrilha de fraudadores de licitações na área da saúde a desviar cerca de R$ 100 milhões do governo do estado. Cinco empresários acusados de envolvimento no esquema foram presos, em caráter temporário, durante a Operação Parasitas, desenvolvida há um ano por órgãos da segurança pública estadual.
Parte do dinheiro poderá retornar aos cofres públicos, em decorrência da apreensão de bens avaliados em cerca de R$ 7 milhões que estavam com os presos. Entre eles estão carros importados, iates, motos e até um helicóptero, além da quantia de R$ 600 mil em dinheiro.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública, fornecedores de medicamentos e materiais hospitalares subornavam agentes públicos para serem os escolhidos no processo licitatório. Depois de selecionados, os empresários entregavam produtos de baixa qualidade por valores superiores ao preço real de mercado.
;Eram vendidos até 400% acima do valor de mercado e, quando entregues, chegavam em quantidade inferior e com qualidade duvidosa;, relata nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública.
Segundo o comunicado, o delegado da Unidade de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Luiz Storni, informou que durante as investigações foram encontrados até catéteres contrabandeados de origem chinesa. O Hospital Pérola Byngton e o Hospital das Clínicas estão entre as entidades prejudicadas.
Os suspeitos pelos crimes já presos foram indiciados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato e sonegação tributária.