postado em 03/11/2008 09:56
O cumprimento do alvará de soltura do empresário Humberto Bernardes Magalhães, de 47 anos, acusado de aplicar golpes de R$ 10 milhões no Paraná, terminou em confusão, sábado, no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP) do Belém, na zona leste. Dois oficiais de Justiça, acompanhados por dois advogados do preso, exigiram a libertação do detento. Mas agentes penitenciários disseram que só poderiam cumprir a decisão judicial nesta segunda-feira (03/11). O caso foi parar na delegacia.
Segundo agentes penitenciários, os oficiais Natal Meni Santos Júnior e Otávio César Barbosa Franco chegaram ao CDP às 13h10. Ambos se apresentaram na portaria, mostraram documentos de identificação e também exibiram o alvará de soltura em favor do preso Magalhães. Dois advogados do detento aguardavam, ansiosos pela libertação do cliente.
Os agentes de plantão explicaram aos oficiais que não poderiam cumprir o alvará de soltura. Os funcionários alegaram que era sábado, dia de visita e, além disso, o Centro de Informações e Movimentações Carcerárias (CIMC) estava fechado e não havia nenhum diretor do presídio para checar os dados criminais do detento e saber se havia alguma possível pendência na Justiça contra Magalhães.
Os oficiais não ficaram convencidos com as alegações dos funcionários do CDP. Os servidores do Poder Judiciário discutiram com os agentes penitenciários e ainda teriam dado voz de prisão aos mesmos. Insatisfeitos, ainda foram ao 81º DP (Belenzinho) prestar queixa contra os agentes.