Brasil

PF nega quebra de sigilo telefônico de jornalistas para apurar vazamento em operação

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postado em 07/11/2008 18:30
A Polícia Federal (PF) divulgou nesta sexta-feira (7/11) nota oficial em que contesta notícia publicada no jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual a instituição teria quebrado sigilo telefônico de jornalistas sem autorização judicial, com o objetivo de identificar vazamentos de informações da Operação Satiagraha. "A Polícia Federal não investiga jornalistas no referido inquérito policial, pois respeita a norma constitucional que garante o sigilo de fonte desses profissionais, diz a nota. "A relação de telefones constante no inquérito policial trata de identificação dos aparelhos alugados para a execução da Operação Satiagraha, feita pela diretoria responsável pelo aluguel e repassada ao presidente do referido inquérito. E sequer destes telefones houve a identificação de chamadas efetuadas e recebidas, acrescenta a PF. A reportagem do jornal sustentou que a Nextel forneceu informações PF que teriam sido usadas para identificar aparelhos de profissionais da TV Globo. O material ainda teria servido de base para as ordens de busca e apreensão nas casas do delegado Protógenes Queiroz, afastado do comando da Operação Satiagraha após a prisão do banqueiro Daniel Dantas em julho. Dantas foi libertado por habeas corpus concedido pelo Supremo tribunal Federal (STF). A PF alega que não pediu números de aparelhos Nextel, mas sim informações sobre a localização de torres de transmissão situadas próximas superintendência do órgão em São Paulo. "Em nenhum momento foi requisitado, a qualquer empresa telefônica, dado que exija autorização judicial para tanto. Inicialmente, a Nextel respondeu negativamente, entendendo que se tratava de pedido de números telefônicos. Mas, esclarecido empresa que se tratava de mera informação de localização de antena, não protegida por sigilo telefônico, os dados foram fornecidos autoridade policial, no exercício da presidência do inquérito, enfatiza nota.

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