Brasil

Polícia busca suspeito de matar menina e esconder corpo em mala

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postado em 08/11/2008 08:54
Dois dias depois de encontrar o corpo de Rachel Maria Lobo Genofre, 9 anos, dentro de uma mala no interior da Estação Rodoferroviária de Curitiba, a Polícia Civil do Paraná divulgou ontem o retrato falado do principal suspeito de ter cometido o crime. A descrição apresentada pelo chefe da Delegacia de Homicídios, Jaime da Luz, foi o resultado, segundo ele, de depoimentos colhidos principalmente entre comerciantes da região. A polícia chegou a deter um homem para averiguações ; um teste de DNA deverá ser feito para identificar se ele participou do ataque contra Rachel. Um dos focos de investigação foi os vendedores de malas que atuam próximos à Rodoferroviária e na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, local onde Rachel costumava descer do ônibus e caminhar um trecho de quatro quadras até a escola em que estudava, o Instituto de Educação Erasmo Pilotto. ;Foram ouvidas centenas de pessoas nesses dias, além de outras que fizeram denúncias anônimas ou contribuíram com outras informações. Estamos empenhados em desvendar esse crime bárbaro e o culpado será preso e punido;, disse o delegado. Segundo dados divulgados pela Delegacia de Homicídios, o suspeito é moreno claro, tem a pele queimada de sol, pesa cerca de 70kg, altura estimada de 1,68m, tem olhos claros e cabelos negros ou castanhos escuros e aparenta 50 anos. No dia do crime, o suspeito usava camisa branca, jaqueta marrom, calça jeans e sapatos. Marcos Antônio Santos, padrinho da menina e que tem servido como uma espécie de porta-voz informal da família, afirmou ontem ao site G1 que não acredita que a estudante teria ido voluntariamente com um estranho. ;Era uma criança extrovertida, mas muito inteligente. Ela não iria com um estranho, a não ser que fosse forçada;, afirmou Santos. ;Ela andava um trajeto muito curto, duas, três quadras. E era uma menina muito esperta, muito esperta.; A família suspeita que ela tenha sido atacada por um pedófilo no caminho da escola para casa. O corpo de Rachel foi encontrado na madrugada de quarta-feira, dentro de uma mala abandonada, com sinais de violência sexual e estrangulamento. A criança estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira, quando saiu da escola. Pela manhã, cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de uma passeata pela paz e para pedir agilidade nas investigações. Criança achada morta em caixa Na segunda-feira, Sabrina Bianca Castilho, 12 anos, saiu de casa, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, para comprar uma revista a pedido da mãe e não voltou mais. Ontem, após quatro dias de angústia, os pais souberam pela polícia do paradeiro da menina. Ela foi morta e encontrada encolhida, em posição fetal, dentro de uma caixa de papelão ; embalagem de uma televisão de 29 polegadas. A polícia encontrou o corpo de Sabrina na quarta-feira em uma praça do bairro, mas a identificação só ocorreu ontem. O crime foi solucionado por causa de uma etiqueta da caixa que identificou a loja em que a tevê foi comprada. Por essa pista, a polícia chegou ao filho do comprador do aparelho, Edson Romano Júnior, 27 anos, que confessou o crime. A polícia suspeita de crime sexual, hipótese negada pelo acusado. Ele afirmou que foi um crime ;acidental; e praticado em uma situação de legítima defesa ; ao encontrá-la dentro de casa, tentando furtar um DVD. A polícia descarta a acusação de Romano Júnior.

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