Brasil

Ex-preso é suspeito de matar menina de 9 anos

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postado em 09/11/2008 09:53
A Polícia Civil do Paraná divulgou ontem o nome do suspeito de ter matado a menina Rachel Maria Lobo de Oliveira, de 9 anos. Jorge Luiz Pedroso Cunha tem 52 anos e é ex-presidiário. Cumpriu 18 anos de detenção por homicídio e estupro e é procurado por outro crime. ;Existe um mandado de prisão expedido contra ele, no ano de 2007, por atentado violento ao pudor contra um menino que morava no litoral do estado;, afirmou Jaime Luz, delegado-chefe da Delegacia de Homicídios de Curitiba. Segundo a Polícia, Jorge Luiz também tem passagens por falsificação de documentos. Os investigadores descobriram o suspeito do assassinato depois de colher dezenas de depoimentos, inclusive o de um homem que diz ter vendido a mala escolhida por Jorge Luiz para colocar Rachel. O corpo da menina foi encontrado na madrugada da última quarta-feira no interior da Estação Rodoferroviária de Curitiba. O nome do vendedor não foi divulgado pela polícia, mas ele trabalha próximo à rodoferroviária e na Praça Rui Barbosa, local, no Centro de Curitiba, onde Rachel costumava descer do ônibus para ir à escola onde estudava. A menina fazia o trajeto sozinha. Conforme o levantamento feito pela polícia, Jorge Luiz é separado e tem três filhos maiores de idade. ;Normalmente esse tipo de criminoso é pacato em casa, principalmente com os filhos;, observou o delegado. Jaime Luz não acredita que o suspeito tenha abordado Rachel pela internet, mas por locais freqüentados pela menina. Ainda de acordo com o delegado, a primeira aproximação teria ocorrido cerca de uma semana antes do crime. ;Ele teve toda a paciência, a cautela para se aproximar dessa criança. Aproximou-se sem levantar qualquer suspeita;, disse. Luz afirmou também que não há confirmação de que o assassino tenha levado Rachel a um hotel. ;Ele usufruiu da experiência dele em outros casos, utilizando-se desses artifícios, a calma, aparência, a boa conversa, para se aproximar da criança;, observou o delegado. Apesar de descartar a abordagem pela rede mundial de computadores, a polícia analisa os dados do computador de Rachel, que mantinha uma página em um site de relacionamento. ;Estamos avaliando esse material, mas tudo indica que ele a abordou na rua. Ele sabia da rotina dela e pode ter iniciado algum tipo de conversa até ganhar confiança;, completou. A participação de outra pessoa também é descartada pelos policiais. ;O crime foi cometido com a participação única do indivíduo. Ele poderia ter atingido outra criança que freqüentasse o ambiente das proximidades do colégio;, disse Jaime Luz. Para agilizar as buscas ao criminoso, a polícia paranaense mobilizou, além de policiais da Região Metropolitana de Curitiba, homens de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo. Estudante do Instituto de Educação Erasmo Pilotto, Rachel vinha mostrando comportamento diferente do habitual, passando, inclusive, por um apoio psicológico durante as últimas semanas. A menina desapareceu na tarde da última segunda-feira depois de ter saído da escola. O corpo foi encontrado dois dias depois dentro de uma mala, com sinais de violência sexual e estrangulamento.

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