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Advogado de fazendeiro do Pará diz que ata do Incra é "uma fraude"

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postado em 13/11/2008 09:54
O advogado do fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, Jânio Siqueira, disse nesta quarta-feira (12/11) que as religiosas da Congregação Notredame, que atuam no município de Anapu (PA), estão querendo ;criar um fato novo; contra seu cliente. Ele classificou ainda como "uma fraude" a ata do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na qual consta que Regivaldo se diz dono do lote 55, onde a missionária Dorothy Stang foi assassinada, em 2005. ;A ata do Incra é uma fraude e não consta a assinatura do Regivaldo;, afirmou Siqueira à Agência Brasil. ;Ele esteve na reunião, mas o documento não representa a verdade;, completou. O advogado disse que Taradão, como o fazendeiro Regivaldo é conhecido na região, ;não está se contradizendo; e apresentou documentos que comprovariam a venda e a posterior revenda do lote 55. Com isso, ele sustentou a tese de que Regivaldo não seria dono do lote 55 quando a missionária americana foi assassinada. Argumentação que seu cliente sempre usou perante à Polícia Federal e à Justiça para se distanciar das acusações de ser o mandante do crime. Siqueira mostrou um contrato de venda, datado de 5 de abril de 2004, um ano antes da morte de Dorothy, no qual Regivaldo vende os três mil hectares do lote 55 a Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, por R$ 1,6 milhão. ;O Bida pagou à vista R$ 80 mil, mais R$ 450 mil, em forma de uma fazenda, além de 22 mil arrobas de carne de boi gordo;, disse Siqueira, ao explicar a forma de pagamento constante no contrato. Em junho deste ano, no entanto, Bida teria vendido a terra para Taradão, alegando que não pôde usufruir da área, pois a Justiça decretou que ela percente à União. ;Depois da absolvição, Bida procurou Regivaldo para desfazer a venda, alegando que não pode usufruir [da área]. Então, Regivaldo devolveu a fazenda que havia recebido e pagou outros R$ 183 mil em gado;, afirmou Siqueira. Em relação à ida de seu cliente ao Incra no último dia 28, Siquiera afirmou que Taradão estaria atendendo a pedido de assentados, que o teriam procurado para tentar um acordo para não serem retirados da área.

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