postado em 13/11/2008 20:52
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governador Sérgio Cabral, o secretário estadual de saúde, Sérgio Côrtes, além do prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, e do futuro secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, reuniram-se hoje (13) no Palácio Guanabara para estruturar estratégias conjuntas de combate ao mosquito da dengue. Temporão destacou a importância do estado e do município do Rio estarem envolvidos no programa do governo federal contra a dengue.
Hans Dohmann disse que a prefeitura vai tomar, logo no início de janeiro de 2009, medidas para envolver o cidadão no combate ao mosquito Aedes aegypti. "A gente assume a prefeitura já no momento maior de prevalência da dengue. A gente vai poder fazer muito pouca coisa. Vamos articular a rede assistencial da melhor forma possível e fundamentalmente trazer esse poder de combate a dengue para o cidadão", disse o futuro secretário municipal de Saúde.
O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Gerson Penna, também presente na reunião, alertou para o risco de um novo sorotipo da dengue, denominado Den 4, entrar no Brasil.
"Trinta e cinco mil pessoas se movimentam todos os meses entre Manaus e Caracas e na Venezuela tem muito Den 4. Então, a qualquer momento o Den 4 pode entrar no Brasil e a princípio todos os brasileiros são suscetíveis. No país, em cinco anos nós passamos de 1.700 municípios para 4.070 infestados pelo mosquito. Então, todo o dia é dia de combater a dengue", disse Gerson Penna.
Os brasileiros conhecem três sorotipos da doença : o Den 1, o Den 2 e o Den 3. O Den 4 ainda não circula em território nacional. Atualmente grande parte das pessoas que adquirem dengue no Brasil são contaminadas pelo terceiro tipo de vírus.
Durante a reunião, o governador e o ministro Temporão anunciaram uma gratificação para os bombeiros que vão trabalhar no combate à dengue no Rio. O decreto assinado por Cabral prevê o pagamento de R$ 686 para os profissionais diplomados em curso de capacitação. Os recursos serão garantidos pelo Ministério da Saúde, segundo Temporão.