Brasil

Morte em ação policial no Rio é menor em 7 anos

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postado em 17/11/2008 21:05
O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) informou hoje que o total de autos de resistência atingiu o menor índice dos últimos sete anos, registrando 30 mortes de pessoas em confrontos com a polícia no mês de agosto. O menor índice registrado até o momento era de 58 mortes, em 2002, e as maiores foram em abril e maio deste ano, quando o governo reconheceu a morte de 147 pessoas em cada mês. "Não consideramos isto ainda uma vitória. É um dado de dois meses. Esperamos que esta tendência se mantenha", disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. O secretário atribuiu a queda ao planejamento das incursões da Polícia Militar (PM) nas favelas. "Agora nenhuma patrulha deve fazer o deslocamento para operações emergenciais sem a comunicação prévia à supervisão. Antes, no afã de atender uma ocorrência, a patrulha se deslocava, encontrava homens armados em áreas conflagradas e aí aconteciam as trocas de tiros", disse Beltrame. O ISP informou que no ano passado 1.330 pessoas foram mortas em confronto com a polícia. Este ano já são 819 vítimas. Em comparação a agosto de 2007, houve redução de 76,4% (menos 97 vítimas) nos autos de resistência. Esta foi a terceira queda consecutiva após as 147 mortes em maio. Beltrame também comentou a queda 17,9% no índice de homicídios dolosos (com a intenção de matar) em relação ao mesmo período do ano passado, com 430 pessoas assassinadas. No entanto, em relação ao mês anterior houve um aumento de 4,1%, com mais 17 homicídios. Os pesquisadores reconheceram que a queda foi grande, mas receberam o número com cautela. "É surpreendente. Temos que olhar com cuidado, mas é uma queda de grande magnitude. Se continuar desta forma vamos ter taxas de letalidade policial mais baixas este ano, mas como não houve mudança na política de segurança temos que esperar os próximos meses para saber se estas taxas serão mantidas", disse o vice-coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Inácio Cano.

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