Brasil

Nem metade dos alunos retorna à escola depredada

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postado em 18/11/2008 10:13
Ronda escolar, novas grades nas salas, porta de ferro nos banheiros, paredes e lousas pintadas, vidraças repostas e esfihas feitas na hora. Foram muitas as novidades, mas nem a metade (;mais de 100;, segundo a Secretaria de Educação) dos 270 alunos participou ontem do ;renascimento; da Escola Estadual Amadeu Amaral, no Belém, zona leste de São Paulo. A unidade estava fechada desde a última quarta, após o quebra-quebra que acuou professores e terminou na polícia. A ;volta às aulas; da Amadeu começou às 7 horas. Um inspetor identificava funcionários e estudantes um a um. A Secretaria Estadual de Educação confirmou ontem a transferência de 11 alunos, cinco deles ainda sem destino certo. Eles foram considerados pivôs da depredação e do conflito. Ao encontrar as classes quase vazias às 7 horas, quatro estudantes da 8ª série não quiseram assistir às aulas. ;Achei bom ter quebrado. Tá tudo novinho agora, parece outra escola, mas o clima tá estranho, não tem quase ninguém lá dentro;, disse uma delas, E.L., de 14 anos. Alunos jogaram algumas pedras nos fotógrafos de plantão. Funcionários se negaram a falar. ;Eles não estão com medo dos alunos, mas querem mais autonomia pedagógica, estão se sentindo controlados;, disse Maísa Lima, diretora da Apeoesp, que estava na escola.

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